09/11/23

Projeto realizado pela Fundação CERTI, com apoio do Fundo Vale e outros financiadores, selecionou 70 startups em 2023 e, agora, segue com a contratação dos negócios que irão receber suporte qualificado e recursos financeiros para evoluírem suas soluções. 

Integrado à Plataforma Jornada Amazônia, o programa Sinapse da Bioeconomia (Sinapse Bio) oferece até R$ 70 mil, com apoio do Fundo Vale e outros financiadores, para 70 novos negócios nos estados da Amazônia Legal. Além desses recursos financeiros não reembolsáveis, que totalizam R$ 4,9 milhões por edição, o programa estimula a originação e a evolução de negócios focados na bioeconomia, por meio de workshops e palestras sobre gestão, vendas, impacto, marketing e outros temas relevantes para uma formação empreendedora, além de conexões com parceiros, clientes e investidores. 

O foco do programa está na originação de negócios inovadores que contribuem para a manutenção da floresta em pé e a competitividade de seus produtos.

“O Sinapse Bio tem o papel fundamental de originar negócios que contribuem ativamente para a conservação florestal e para a competitividade no segmento. Nossa meta é, até 2025, fomentar 200 novos negócios que atuem criando soluções relevantes e inovadoras para as cadeias produtivas. Esse é um passo essencial na direção de consolidar a bioeconomia como um modelo de desenvolvimento estratégico e sustentável para o território da Amazônia e, consequentemente, para o Brasil e o mundo”, destaca André Noronha, coordenador do Sinapse Bio.

Lucas Folgado, consultor de inovação do Fundo Vale, complementa: “Ao apoiar empreendedores na fase de formalização, modelagem e estruturação do negócio, que é uma fase mais burocrática, o programa atua em um momento crucial para que a startup possa acessar os recursos financeiros e o mercado e crescer a partir disso”. 

Nessa edição, os projetos vieram de 14 estados diferentes do Brasil. Dos aprovados, os focos de inovação foram: 

  • Desenvolvimento de novos ingredientes e matérias-primas avançadas. 
  • Criação de produtos B2C. 
  • Melhoria e controle de qualidade de produtos. 
  • Beneficiamento de produtos na base.  

De acordo com os dados fornecidos pela Fundação CERTI, entre os selecionados há soluções inteligentes para diversos setores e finalidades. Para aquicultura, por exemplo, há uma ração alternativa para peixes fabricada a partir do caroço de açaí, agregando valor a um subproduto da cadeia produtiva que antes era descartado como resíduo. Há também produtos que utilizam Inteligência Artificial (IA), como uma ferramenta que conecta quebradeiras de coco com cooperativas, pesquisadores, indústrias e empresas ESG para fornecer insights, análises descritivas, preditivas e prescritivas.

Para o Fundo Vale, apoiar iniciativas como essa se alinha à estratégia de ampliar, diversificar, fortalecer e conectar, em escala regional, as organizações responsáveis por dinamizar o ecossistema de impacto ao criar um ambiente mais favorável ao empreendedorismo na Amazônia, impulsionando a criação e o fortalecimento de startups da bioeconomia, investindo nesses negócios e gerando maior competitividade para os produtos da floresta. 

“O Fundo Vale tem a ambição de fortalecer e desenvolver negócios de impacto socioambiental positivo, com destaque para aqueles com atuação na agenda de Floresta & Clima. Assim, ao apoiar iniciativas como essas selecionadas pelo programa, nós também apoiamos, indiretamente, soluções para manter a floresta em pé preservada e/ou restaurada”, Lucas Folgado, consultor de inovação Fundo Vale.